No campo
Estresse térmico em vacas leiteiras
Em uma fazenda leiteira, um dos principais objetivos do produtor é que suas vacas expressem todo seu potencial produtivo. Para isso, são trabalhados rotineiramente os quesitos nutrição, melhoramento genético e sanidade. Entretanto, há outros fatores, que, por vezes, passam despercebidos aos olhos dos envolvidos na atividade e acabam afetando diretamente o desempenho dos animais, como o estresse térmico.
Mas afinal, o que é o estresse térmico? Nos bovinos, essa condição pode ser explicada pelas alterações no organismo do animal na tentativa de compensar mudanças bruscas nas condições ambientais, como excesso de frio ou calor.
No artigo a seguir você vai conferir mais detalhes sobre o estresse térmico, as causas, os sinais mais comuns, os possíveis impactos na produção de leite, além de recomendações técnicas para amenizar seus efeitos sobre os animais. Boa leitura!
Entenda o que é o estresse térmico
O estresse térmico pode ocorrer por frio ou calor. Entretanto, se tratando dos sistemas de produção de leite no Brasil, onde ainda predomina o sistema à base de pastagens e em climas tropicais, o estresse por calor é o que comumente afeta os rebanhos leiteiros.
Os fatores meteorológicos ou ambientais mais comuns ligados ao estresse térmico são: temperatura, umidade, vento e a radiação solar.
Como identificar o estresse térmico em um bovino?
De maneira prática, podemos observar alterações de comportamento dentro do rebanho. Exemplos:
- Aumento da frequência respiratória (animal ofegante e muitas vezes com a boca aberta);
- Busca constante por sombra;
- Redução na ingestão de alimentos;
- Aumento no consumo de água;
- Aumento da temperatura corporal;
- Aumento da salivação e transpiração;
- Alcalose respiratória;
- Acidose metabólica;
- Redução na produção de leite.
Impactos na produção de leite
Como o animal afetado pelo estresse térmico reduz a ingestão de alimentos, consequentemente, diminui a produção de leite e o teor de sólidos, uma vez que o aporte de nutrientes até a glândula mamária é menor.
Além da diminuição na produção de leite e no teor de sólidos, a redução na ingestão de alimentos afeta o sistema imunológico dos animais, deixando-os mais susceptíveis a doenças, como a mastite.
A fertilidade do rebanho também é afetada. O tempo de duração do cio tende a ser menor, sendo um mecanismo de defesa do corpo para a diminuição da produção de calor corporal.
Recomendações para amenizar o impacto do estresse térmico no rebanho
De modo geral é preciso que os produtores e técnicos busquem alternativas para amenizar o problema. Fornecer sombra adequada nas áreas de permanências dos animais é uma delas. Pode ser de maneira natural, com o plantio de árvores (se tratando de animais em sistema de pastejo, principalmente), ou sombreamento artificial por sombrites e telhados.
Outra ação adotada para amenizar o estresse térmico por calor é o resfriamento das vacas por meio dos sistemas de ventilação, aspersão e nebulização.
Para todas as modificações citadas, é importante que o produtor consulte sempre um técnico especializado na área, de modo que possa planejar e executar as ações da melhor forma possível, otimizando os recursos disponíveis na propriedade.
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