Cálcio na infância: como garantir o consumo ideal

Cálcio na infância: saiba como garantir o consumo ideal

Você já pensou se as crianças ao seu redor estão consumindo cálcio suficiente? Esse mineral é um dos nutrientes essenciais para o crescimento saudável, além de prevenir problemas futuros, como a osteoporose¹.

O desafio é que, muitas vezes, o cálcio pode passar despercebido na alimentação do dia a dia. Entenda neste texto por que o cálcio é tão essencial na infância e como garantir um consumo adequado todos os dias!

O que é o cálcio?

O cálcio é um mineral muito importante para o corpo. Participa de diversas funções vitais e tem papel essencial na saúde óssea, principalmente no final da infância e na adolescência, devido ao rápido crescimento nessa fase^1. Quase todo o cálcio do corpo está nos ossos, que funcionam como um “estoque” que garante resistência e estrutura. Além de ser responsável por manter os ossos e dentes fortes, participa da contração muscular, da coagulação do sangue e até da transmissão dos sinais nervosos¹.

A importância do cálcio na infância

Durante a infância e a adolescência, o corpo vai formando uma “poupança” de cálcio nos ossos, chamada de massa óssea2. Assim, com uma ingestão de cálcio adequada nessa fase, os ossos ficam mais fortes e preparados para o envelhecimento.

Por isso, consumir alimentos fontes de cálcio é essencial para que as crianças e adolescentes atinjam o seu potencial genético para o pico de massa óssea, garantindo ossos fortes e prevenindo a osteoporose na vida adulta³. Apesar deste cenário tão importante, a ingestão de cálcio por crianças é 60% menor que o recomendado4, um dado muito preocupante! Veja na tabela abaixo a quantidade de cálcio recomendada para cada faixa etária da infância e adolescência⁵.

Faixa etária

Dicas para garantir um consumo ideal

1) Oferecer alimentos fontes de cálcio diariamente

As principais fontes alimentares de cálcio são o leite e seus derivados³. Outras fontes alimentares, como os vegetais (brócolis, couve), leguminosas, sementes e peixes (sardinha) podem ser utilizadas, mas é importante lembrar que as porções necessárias para equivaler a uma porção de derivado do leite costumam ser grandes, além da menor capacidade de absorção pelo organismo³.

De acordo com as recomendações atuais da Sociedade Brasileira de Pediatria⁴, as crianças precisam consumir 3 porções de leite e derivados todos os dias. É interessante incluir estes alimentos no café da manhã e nos lanches intermediários.

Veja abaixo alguns exemplos de alimentos deste grupo alimentar, suas respectivas porções e a quantidade de cálcio em cada uma⁶.

2) Variar as formas de oferta

Caso a criança apresente resistência para consumir os alimentos fonte de cálcio, vale a pena sempre tentar estratégias lúdicas para estimular o consumo ou preparações e receitas diferentes⁴. Exemplos: queijo picado ou enroladinho com garfinhos lúdicos, fruta preferida polvilhada com leite em pó, espetinho de queijo, creme de iogurte batido com a fruta preferida, picolé caseiro de fruta com leite em pó, vitamina de leite com fruta, etc.

3) Atenção com alimentos que atrapalham a absorção

Existem alguns componentes presentes em alguns alimentos que reduzem a biodisponibilidade do cálcio, prejudicando a sua absorção¹. Alguns alimentos ricos em fibras contêm ácido fítico, que prejudica a absorção do cálcio quando presente em grande quantidade. O ácido oxálico, presente no espinafre, chocolate, cenoura, batata doce e bebidas do tipo “cola” também pode ter a mesma ação¹. A cafeína e outras substâncias equivalentes presentes no café, mate, chá preto, guaraná natural e refrigerantes, comprometem a absorção de importantes nutrientes como o cálcio, ferro e zinco⁴. Esses alimentos, mesmo em pequenas quantidades, também são poderosos estimulantes, podendo deixar a criança muito agitada.

O famoso café com leite é uma bebida que faz parte da nossa cultura, mas é importante lembrar que crianças, principalmente as menores de 2 anos não devem consumir tal preparação⁴. Garantir o consumo adequado de cálcio na infância é um investimento na saúde futura da criança. Com escolhas simples no dia a dia é possível ajudar no crescimento saudável e na formação de ossos fortes. O que realmente faz diferença é criar hábitos alimentares equilibrados desde cedo, para que a criança os leve para a vida toda!